Ainda sem sede fixa, o LabIO tem-se desenvolvido através de
residências temporárias. O objectivo do nosso trabalho é de unir
pessoas, criando um espaço onde se possa praticar a arte da palavra
dita em interacção com outras formas de arte, nomeadamente a
música, a dança, as artes plásticas, a pintura, o vídeo, a
fotografia ou qualquer outra forma de expressão, fundir os processos
criativos de várias linguagens artísticas e criar oportunidades de
interacção entre as pessoas, e destas com o meio envolvente. O
resultado são performances transdisciplinares pulsantes, onde os
vários sentidos do público, e a própria noção de “público,”
são postos em causa. Os textos apresentados sequencialmente
constituem o fio condutor ou o mote criativo e os artistas interagem
com eles criando um efeito simbiótico onde todas as formas
artísticas ganham uma nova dimensão. Acreditando que cada forma de
expressão, simboliza uma diferente perspectiva sobre a mesma
realidade, cada participante tem assim a possibilidade de contribuir
para uma “nova perspectiva colectiva”, uma nova visão construída
com base na partilha. As pesquisas no laboratório desenvolvem-se
portanto na área da oralidade (Slam)
e também nas áreas de música, expressão corporal, artes plásticas
e tecnologias audio-video.
Todas
as matérias são abordadas com a mesma mentalidade aberta, e tratam
de iniciar as bases de maneira que sejam acessíveis a leigos. Uma
das atividades do LabIO é trabalhar com comunidades (escolas,
centros recreativos de idosos, aldeias, empresas...), criando
performances e momentos de spoken
word
através de workshops (slam, música, artes plásticas, expressão
corporal, tecnologias) e dum trabalho de estimulação da
criatividade e identidade de cada um, de modo a criar um intenso e
multifacetado espectáculo final.